O Ramadão terminou na passada sexta-feira.
Neste dia, a oração especial de agradecimento pelo fim do jejum reúne uma grande parte dos muçulmanos no jardim de Bissau, frente à Câmara Municipal.
A oração estava marcada para as 10 horas em todo o país.
Foram chegando desde cedo. Alguns de sabador novo. Tapete na mão ou debaixo do braço. Iam chegando, escolhendo um local e estendendo o tapete de oração. Há-os de vários tamanhos, materiais e cores. Descalçam-se e tomam o seu lugar no tapete.




Alguns rezam desde logo, outros convivem, outros simplesmente aguardam.
O Presidente e vários membros do Governo também elegem, deste há muito, este local para esta grande oração conjunta.
À hora marcada a reza inicia-se e apenas percebo a expressão Allah Akbar, repetida várias vezes durante os cerca de cinco breves minutos que a oração dura.
É acompanhada por movimentos simbólicos. Começam por rezar de pé.

Depois elevam os braços à frente e até junto à face.

Novamente direitos e depois inclinados a 90º.

Em seguida de joelhos no tapete, corpo inclinado para a frente com a testa a tocar o chão.

Ajoelhados, de costas levantadas.

E repetidamente.

É um momento impressionante.
No final calçam-se, sacodem e dobram o tapete e regressam a casa, a sua, ou de familiares ou amigos. É o dia da grande festa, de
Eid-al-Fitr.

Fico feliz por finalmente ter ido assistir e satisfeita com as fotos tiradas.
Mas incomodada, e sempre, pelo lugar das mulheres. Ficaram ao fundo do jardim, com um espaço que as separava dos homens, afastadas, e onde a máquina não alcançava. 